Largo da Matriz / Largo do Pelourinho / Largo São José / Estrada de São João / Largo Santa Cruz / Estrada de Pirapora / Largo São Bento / Largo do Chafariz / Barreira / Ponte de Campinas / / Largo do Cemitério / Companhia Paulista / Ponte Torta / Largo da Cadeia Velha / Esplanada Monte Castelo / Largo das Rosas / Argos / Bela Vista / Largo São Jorge / Largo dos Andradas
Um centro também ambiental
O
nome original de Jundiaí
(SP) tem sua marca principal usada
na área
das
colinas e vales
entre os
rios Jundiaí, Guapeva e
Córrego do Mato, com sua
margem sul neste caso adaptada para além do rio para o "eixo
seco" da
atual avenida José do Patrocínio, emendando
em seguida com as
atuais
rua Atílio Vianelo, parte
da rua Bom Jesus de Pirapora
e rua Dora Franco.
Uma
das mais antigas referências entre as cidades paulistas e brasileiras (com
colonização indicada em 1615 e vila colonial reconhecida em 1655),
ainda guarda alguma parte da magia das antigas cidades dentro de um dos desenvolvido município.
Por
isso, em qualquer das áreas onde estão os lugares indicados, vale a
pena flanar nas caminhadas ou pedaladas para observar
resquícios de (poucas) construções mais antigas e seu contraste com as
mais novas.
Também
vale cumprimentar as pessoas com um ó, o cumprimento tradicional
que em outros tempos substituía o oi e até o bom dia entre os moradores e
ainda presente na memória de muitos.
Largo
da Matriz
Surgido
no centro da vila colonial, entre as ruas Direita (atual Barão de
Jundiaí) e dos Antunes (atual Rosário), tem seu ponto de referência
nas praças Governador Pedro de Toledo e Marechal Floriano Peixoto.
Entre
suas atrações estão o centenário ponto do Restaurante Dadá
(rua do Rosário, 277) e ainda um serviço remanescente dos
fervilhantes cinemas de rua, a Bomboniére Marabá (rua do
Rosário, 319).
Na
perpendicular, na antiga Travessa Imperial, estão os tradicionais
lanches do Mirim Dog (rua Bernardino de Campos, 146), os
pratos do Saud´Arabe (rua Bernardino de Campos, 50) e da
Padaria Central (rua Bernardino de Campos, 37). Na antiga Travessa do Triunfo está o Restô do Samir(rua Barão do Triunfo, 48). Em outro
ponto, na Travessa da Padroeira, está a origem da famosa coxinha de
queijo na Casa de Massas Padroeira (rua da Padroeira, 410).
Outra marca histórica nessa região, esta na antiga rua Adolfo
Gordo, é a Cantina Jundiaiense
(rua Zacarias de Goes, 223). E tem ainda o Fascino Bistrô
(rua Senador Fonseca, 801).
No
largo da praça propriamente dito estão atrações como uma grande
coleção de históricas fachadas. A principal delas é a sede do
Museu Histórico e Cultural de Jundiaí no Solar do Barão
(rua Barão de Jundiaí, 762).
Um
outra passagem interessante é a visita aos vitrais surgidos na
reforma orientada por Ramos de Azevedo no século XIX na Catedral
Nossa Senhora do Desterro (Praça Governador Pedro de Toledo,
s/n). A construção católica tem um coreto na parte voltada para a
outra praça e sedia uma imemorial procissão anualmente, no dia 15
de agosto.
No
trecho mais importante da rua Barão de Jundiaí no século XX, o
prédio da antiga Câmara e Fórum de Justiça permanece imponente na
esquina com a antiga Travessa da Concórdia, atualmente em posse do
Banco do Brasil (rua Barão de Jundiaí, 941). É remanescente
de tempos que concentravam no trecho a antiga sede da Prefeitura, a
centenária lanchonete e restaurante A Pauliceia e a agência dos
Correios, todos praticamente na esquina com a rua da Padroeira.
O
roteiro nesse lado é mais repleto de referências históricas nas
fachadas da rua do Rosário, com destaque para a fachada oitocentista
do número 484 ou da antiga escola paroquial de taipa no número 189.
A
área conta ainda com estabelecimentos tradicionais do comércio,
entre eles os tecidos da Loja dos Velhinhos (rua Bernardino de
Campos, 87) e da Ao Barulho de Jundiaí (rua Senador Fonseca,
875).
Faz
ligação com o Largo do Pelourinho e com o Largo da Cadeia Velha
pelas ruas Barão e Rosário, com o Largo São José pela antiga
Travessa da Matriz (atual rua São José), com o Largo Santa Cruz
pela Travessa do Triunfo (atual rua Barão do Triunfo) e com a Bela
Vista pela Travessa Imperial (atual rua Bernardino de Campos).
Largo do Pelourinho
Originalmente,
no século XVII, era o início da rua Direita (atual Barão de
Jundiaí) e da rua dos Antunes (atual rua do Rosário), ambas depois
prolongadas. Seu nome vem de um poste de madeira para castigos
físicos na ordem colonial, mas passou a ser conhecido no século XX
como Largo do Quartel. Seu ponto de referência é a praça Rui
Barbosa, usada por ônibus intermunicipais para os antigos distritos
de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
Uma
de suas atrações presentes é o centenário Gabinete de Leitura
Ruy Barbosa (rua Cândido Rodrigues, 301), espaço cultural
privado mantido pela comunidade na esquina da praça com a rua do
Rosário.
Outra
construção histórica é o Hotel
Rosário (rua do Rosário, 91), que abrigou a primeira
hospedaria dos imigrantes no século XIX, na esquina da rua homônima
com a antiga Travessa do Pelourinho (atual rua Engenheiro Monlevade),
A
área tem ainda a Pizzaria Monte Carlo (rua Vigário J.J.
Rodrigues, 765), situada na esquina com a rua Secundino Veiga,
paralela à praça.
Além
de algumas fachadas remanescentes, uma cúpula
de influências
orientais (na esquina da praça com a rua Barão de
Jundiaí) ornamenta um imóvel. A uma centena de metros, na altura do
número 540 dessa mesma rua, é possível encaixar a imagem
dessa cúpula em sobreposição com a torre da Catedral Nossa Senhora
do Desterro (esta no Largo da Matriz).
O
local é também o ponto de partida, nas tardes de sexta-feira de
Carnaval, do tradicional bloco Refogado do Sandi (praça Rui
Barbosa, s/n), reconhecido como patrimônio imaterial da cidade.
Faz
ligação com a Esplanada do Monte Castelo pela rua Barão de
Jundiaí, com o Largo da Matriz pelas ruas Rosário e Barão, com a
Ponte Torta pela avenida Paula Penteado e com o Largo São José pela
rua Vigário J.J. Rodrigues.
Largo
da Cadeia Velha
Surgida
depois de espaços coloniais anteriores, a cadeia velha deu origem
posteriormente ao Fórum de Justiça. Sua referência principal é a
praça Tibúrcio Estevam de Siqueira, entre as ruas Direita (atual
Barão de Jundiaí) e dos Antunes (atual rua do Rosário).
Uma
de suas atrações é o centenário prédio do Grupo Escolar Conde
do Parnaíba (rua Barão de Jundiaí, 1.106), uma das primeiras
escolas públicas da cidade. Outra, do lado oposto da rua, é o
antigo mercado municipal que abrigou a primeira e histórica Festa da
Uva de 1934, posteriormente transformado no Centro
das Artes (rua Barão de Jundiaí, 1.093).
Também
está nessa área um dos maiores clubes recreativos da cidade, o
Grêmio Recreativo da Companhia Paulista (rua Rangel Pestana,
336). E outros espaços culturais, como a Casa de Letras e Artes
(rua Rangel Pestana, 456). No mesmo quarteirão, uma fachada
impressionante é da antiga residência do engenheiro Jayme Cintra no
número 528.
Entre
os estabelecimentos tradicionais da área estão as lojas Ao
Esporte Jundiaiense (rua Barão de Jundiaí, 1.033) e também a
Ghizah Artesanatos (rua Siqueira de Moraes, 487).
Na
praça Tibúrcio Estevam de Siqueira, um busto em frente a agência
da Previdência Social (rua Barão de Jundiaí, 1.150)
homenageia a origem local do serviço brasileiro em 1923, pelo
deputado e fazendeiro Eloy Chaves, a partir das polêmicas iniciadas
na primeira greve operária do país também de Jundiaí, em 1906.
Faz
ligação com o Largo São Bento e com o Largo da Matriz pelas ruas
Direita (atual Barão de Jundiaí) e dos Antunes (atual Rosário). Em
2015, essa sua transição com o Largo da Matriz passou a contar com
dois parklets ou micropraças de descanso de pedestres nas duas
ruas na altura da Travessa da Concórdia (atual rua Coronel
Boaventura Mendes Pereira) e no segundo deles integrado a uma
galeria com acesso á antiga Rua Nova (atual Senador Fonseca).
Também
faz ligação com o Largo São José pela rua do Comércio (atual
Rangel Pestana) e com o Largo dos Andradas pela rua das Casinhas
(atual Siqueira de Moraes).
Largo
Santa Cruz
Um
dos primeiros pontos de chegada para Jundiahy, era no século XVII um
espaço de plantações chamados largo do rocio, que também
abrigou curtumes de aproveitamento de couro. Tem como referência a
praça da Bandeira, entre a Travessa do Triunfo (atual Barão do
Triunfo) e a Travessa da Concórdia (atual Coronel Leme da Fonseca).
Uma
de suas atrações é o centenário Clube 28 de Setembro (rua
Petronilha Antunes, 363), surgido no século XIX a partir dos
movimentos contra a escravidão da comunidade afrobrasileira e ligada
a suas manifestações sociais e culturais ao longo desse tempo.
Também
está ali a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
(rua Petronilha Antunes, 379), um belo remanescente da mudança de
sua sede original no Largo do Pelourinho que foi demolida em 1922
para o prolongamento da rua dos Antunes (atual Rosário).
Outro
ponto histórico é a própria praça, uma das mais arborizadas do
centro entre rios, que no começo do século XX recebeu o primeiro
bebedouro público da cidade abastecido com água da Serra do Japi
e, em 1978, abrigou o ponto de partida da primeira passeata ecológica
de um movimento popular que, cinco anos depois, atingiu a proteção
dessa reserva de mata atlântica com o tombamento estadual.
Faz
ligações com o Largo da Matriz pela Travessa do Triunfo (atual
Barão do Triunfo), com a Bela Vista pela Travessa Imperial (atual
Bernardino de Campos), com o Largo dos Andradas pela antiga rua
Adolfo Gordo (atual Zacarias de Góes) e com o Largo São Jorge pela
rua Petronilha Antunes. A partir da década de 1950 passou a ser
também o ponto de chegada da avenida Jundiaí, surgida com a era das
rodovias.
Estrada
de Pirapora
Trata-se
do primeiro caminho colonial entre São Paulo de Piratininga
(fundação em 1554) e Jundiahy (povoamento em 1615), possivelmente
aproveitando um antigo caminho indígena ou peabiru a partir de
Santana do Parnaíba (1580) e que ganhou esse nome depois da devoção
católica surgida em 1725 a partir de uma imagem encontrada no rio
Tietê.
Com
o nome atual de rua Bom Jesus de Pirapora e rua Baronesa do Japi, tem
seu trecho no centro entre rios de Jundiahy entre o Largo Santa Cruz
e a rua Dora Franco, que dá acesso ao morro da Bela Vista. Uma
referência nesse caminho é a praça Pompeu Perdiz.
Uma
de suas atrações são os prédios mais antigos das Escolas Padre
Anchieta (rua Bom Jesus de Pirapora, 125), surgidas há 75 anos e
que deram origem ao atual centro universitário. O local também
fomenta a presença de bons estabelecimentos de açaí ou sorvetes
especiais.
Esse
eixo tem também serviços diversos como o karaokê Options
(rua da Saúde, 160), a loja de roupas rock Oba Shop (rua
José Gáspari Sobrinho, 443) ou a Zombie Tatoo (rua Baronesa
do Japi, 258).
Uma
atração curiosa é o formato curvo da Rua 13 de Maio, que
começa e desemboca na própria estrada pela encosta do morro da Bela
Vista e já abrigou em outros tempos um ponto conhecido como Capela
do Pai Manoel e ainda tem fachadas antigas tanto em seu trajeto
interno como na parte voltada para a própria estrada antiga.No número 334 está ao ar livre um painel escultórico do artista Adélio Sarro, marcando o ateliê do artista plástico Elvio Santiago.
E
outra atração curiosa é a Escadaria (rua Marcílio Dias,
esquina com rua Bom Jesus de Pirapora). Com uso para pedestres,
divide os dois lados dessa rua que já teveparte no antigo beco de
acesso ao Largo do Pelourinho e também marca o ponto de continuidade
entre a rua Torta (atual avenida Paula Penteado) e a rua Adolfo Gordo
(atual Zacarias de Góes).
A
centenária Romaria a Pirapora, que por muito tempo atravessou
a estrada anualmente e virou patrimônio cultural reconhecido da
cidade, deixou de passar por esse trecho depois do aumento
exponencial de carros no final do século XX e atualmente sai do
trecho mais próximo da serra.
Faz
ligações com o Largo Santa Cruz (onde está seu início), com a
Bela Vista pela rua Marcílio Dias, pela rua Dora Franco ou pela
Travessa Imperial (atual Bernardino de Campos), com o Largo do
Pelourinho pela antiga Travessa do Pelourinho (atual Engenheiro
Monlevade) e com a Ponte Torta pela antiga rua Torta (atual avenida
Paula Penteado).
Largo
São José
Outra
antiga entrada desse centro entre rios, tem como referência a praça
Dr. Domingos Anastácio e forma um largo transversal entre a Estrada
de São João (atual Dr. Torres Neves) e a Rua do Comércio (atual
rua Rangel Pestana).
Uma
de suas atrações é a Galeria Bocchino (rua Rangel Pestana,
35), um tradicional conjunto de lojas distribuídas em forma de
corredor de acesso em patamares entre o Largo São José e o Largo da
Matriz. Os sorvetes representam uma dessas tradições.
Mais
recente, a Galeria Yarid (rua Dr. Torres Neves, 430) também é
um conjunto de lojas variadas ou alternativas que ocupou o imóvel de
um centenário templo protestante na esquina com a antiga Estrada
Velha de São Paulo (atual rua Marechal Deodoro da Fonseca).
Com
acesso fechado por motivos de segurança, a área também abriga os
belíssimos Jardins do Solar do Barão (com acesso pelo Largo
da Matriz).
Também
tem presença forte nessa área a cultura afrovisual, com diversos
salões de cabelo na Estrada Velha de São Paulo (atual avenida Dr.
Cavalcanti) e espaços de eventos na rua Vigário J.J. Rodrigues.
Faz
ligações com a Estrada de São João (onde está seu início), com
o Largo da Matriz pela calçadão da antiga Travessa da Matriz (atual
rua São José) e com a região da Argos pela antiga Estrada Velha de
São Paulo (atual avenida Dr. Cavalcanti) e ocm a região da da
Esplanada do Monte Castelo pela rua Vigário J.J. Rodrigues.
Estrada
de São João
O
trecho mais antigo dessa estrada, que ligava as vilas coloniais de
Jundiahy (povoação em 1615) e São João de Atibaia (fundação em
1665), é atualmente ocupada pela rua Dr. Torres Neves.
Uma
das atrações dessa ladeira suave é o Sebo Jundiaí (rua Dr.
Torres Neves, 271), que além de um dos maiores no gênero é também
a base do maior conjunto privado de imagens antigas da cidade.
Outra
atração é o conjunto arquitetônico dos imóveis de que faz parte
o Bar do Zé (rua Dr. Torres Neves, 308), na esquina com a rua
Prudente de Moraes.
Ao
lado de lojas de serviços e antiguidades, também fazem parte do
conjunto lojas alternativas como a Pássaro Rasta (rua Dr.
Torres Neves, 257), voltada para aspectos do reggae e da capoeira.
Para
os veteranos, um espaço que promove eventos e passeios é a
Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí (rua
XV de Novembro, 1.336).
Também
está nesse eixo o impressionante conjunto formado pela Estação
Central da Companhia Paulista, do século XIX, e o Viaduto São
João Batista, construído posteriormente em 1950 com escadarias
de formato helicoidal para acesso às plataformas dos trens.
E,
quase ao lado do viaduto encontra-se também o conjunto de lojas e
restaurantes formado pelo Mercadão da Ferroviários (rua Dr.
José Roberto Basile Bonito, 50).
Faz
ligações com o Largo São José (onde tem início), com as regiões
da Argos e do Largo do Chafariz pela rua Prudente de Moraes e com a
região da Companhia Paulista pela rua XV de Novembro. E envolve
conjuntos surgidos em meados do século XX como a Vila Graff e a Vila
de Vito, do outro lado dos trilhos e próximas da antiga ponte que
deu origem ao nome dos bairro além do rio (a Ponte São João).
Largo
do Chafariz
O
formato triangular da praça Barão do Japy, na confluência das ruas
Prudente de Moraes, Abolição e Dr. Almeida, é a referência desse
local onde se iniciava o caminho paras as Minas Geraes pela antiga
Estrada de Itatiba. Está localizado em paralelo com a Estrada Velha
de São Paulo (atual Marechal Deodoro da Fonseca).
Uma
atração gastronômica nessa área é o conjunto formado pela
Chopperia Palma (rua Abolição, 130), pelo Bar e Choperia
Chafariz (rua Prudente de Moraes, 1.395) e pelo restaurante
alemão Uhlen Haus (rua Marechal Deodoro, 702), além da Casa
de Massas Prudente (rua Marechal Deodoro, 771).
Mas
o elemento mais charmoso desse trecho é o antigo Caminho da Palha
(rua Prudente de Moraes). Seu trajeto vai de ruas estreitas
anteriores ao automóvel desde a área da antiga Estrada da Boiada
(atual rua dos Bandeirantes) até outras na região da Argos,
passando no caminho pelo Largo do Chafariz, pela Companhia Paulista e
pela Estrada de São João.
Esse
trajeto encontra na região do largo lugares como o centro de
esportes como o skate Sororoca (avenida União dos
Ferroviários, 2.700), a casa de eventos e chope Bongô (avenida
União dos Ferroviários 2525), a escola situada na antiga sede dos
ferroviários, a Santa Felicidade (rua Prudente, 1811), o
espaço cultural Teatro Oficina (rua Abolição, 200), o
Ateliê Casarão (rua Dr. Almeida, 265)o Espaço Lelê da Cuca
(rua Prudente, 1287) e a Escola de Música de Jundiaí (rua
Prudente, 1276), o Bar do Haules Underground
(rua Marechal Deodoro, 250) e o bar Cantinho do Norte (rua
Marechal Deodoro, 123). E segue rumo à Estrada de São João e Argos
com uma enorme coleção de variedade de arquitetura no caminho.
Faz
ligação com a Barreira, pela rua Abolição sobre os trilhos ou
pelo Viaduto Professor Joaquim Candelário de Freitas, com a
Companhia Paulista pela rua São Bento, com a Estrada de São João e
com a Argos pela rua Prudente e com o Largo São Bento pela rua Dr.
Almeida.
Barreira
Com
a conexão colonial entre avenida Itatiba e rua Abolição cortada
desde o século XIX pelos trilhos, a região tem esse nome pelo
serviço de impostos cobrados por Portugal sobre as tropas de
produtos ou pedras preciosas, como registrado em Jundiahy para a
restauração de Lisboa depois do terremoto de 1755.
Sua
referência, além da própria estrada (atual avenida), está nas
praças Barão do Rio Branco e José Pedro Raymundo. Envolve a Vila
Rio Branco, mais antiga, e as áreas de várzeas e olarias
conquistadas depois de retificação do rio Jundiaí na década
de 1950 com a Vila Liberdade e a Vila Margarida.
Tem
entre suas atrações a gastronomia da Casa de Massas Marzullo
(rua Santa Teresinha, 50), do Boteco
do Joca (avenida Itatiba, 345) e do Bar do Bigode
(avenida Alvares de Azevedo, 56), além da Nova Panneteria
(avenida Itatiba, 231).
Um
espaço popular histórico da área é o Recanto da Viola, ou Bar
do Casarine (rua Paulista, 91) que acumula lembranças do auge da
cultura caipira. Também nessa área está a lanchonete Estrela
da Liberdade (avenida Antonio Frederico Ozanam, 4973) que manteve
a tradição anual da malhação do judas da região.
Na
área estão ainda dois campos de futebol nas margens do rio Jundiaí,
evocando a raiz do termo futebol de várzea, com o Centro
Esportivo José Pedro Raymundo (rua Tiradentes, 50) e o
Centro Esportivo Ovídio Bueno (avenida Alvares de Azevedo,
611), que fica ao lado da área da antiga fábrica da Fleischmann &
Royal que foi ocupada em parte por um supermercado de atacado.
Nas
tradições, conta ainda com a sede da Escola de Samba União da
Vila , (avenida Itatiba, sob o viaduto Euclides Figueiredo)
enquanto nas inovações teve uma novidade recente no Viaduto
Joaquim Candelário de Freitas (entre a avenida Itatiba e a rua
dos Bandeirantes) com bancos e instalações na área destinada aos
pedestres.
O
local abriga também uma tradicional Feira Livre (na avenida
Itatiba) nas manhãs de sexta-feira.
Faz
a ligação com o Largo do Chafariz e Companhia Paulista pela
passagem entre as ruas Itatiba e Abolição ou pelo viaduto e com a
região da Ponte de Campinas pela avenida Antonio Frederico Ozanam,
na margem do rio. Depois do segundo viaduto começa a antiga Estrada
de Itatiba (atual rodovia Constâncio Cintra).
Ponte
de Campinas
O
extremo norte desse centro entre rios foi uma saída da área rural
central para sítios e fazendas dos arredores até 1775, quando foi
fundada a vila de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato
Grosso de Jundiahy, mais tarde emancipada com seu nome atual de
metrópole. Era um entreposto de bares e armazéns. A referência
principal é a praça São Lázaro, onde de acordo com Jayme Martins
existiu uma placa de homenagem aos soldados jundiaienses que lutaram
na Guerra do Paraguai (1864-1870).
As
atrações dessa área incluem os dois lados do rio Jundiaí. No lado
externo estão o Jardim Botânico (avenida Antonio Frederico
Ozanam, 6.400), surgido sobre uma área degradada que era ponto de
passagem de circos e parques de diversão, e o Sesc Jundiaí
(avenida Antonio Frederico Ozanam, 6.600), um dos mais modernos dessa
rede cultural.
No
lado interno do rio está o Sesi Jundiaí (avenida Antonio
Segre, 695), complexo esportivo e cultural. Vale a pena também
descer a rua São Lázaro para apreciar o Bosque Linear
mantido na margem do córrego do Mato, ao lado da avenida Nove de
Julho, seguido por uma galeria ao ar livre voltada para a arte de
rua, a Galeria G9.
As
atrações gastronômicas também são inúmeras nessa área. Por ali
estão a Padaria Pão D´Oro (avenida Antonio Segre, 700), o
Brunholi Grill e Pizza (avenida Antonio Frederico Ozanam, 892
), a Costelaria Abafo (avenida Antonio Segre, 444 ) e o Bom
da Picanha (rua dos Bandeirantes, 749). E também o Restaurante
e Café Wiener (rua São Lázaro, 40).
Entre
as praças, destacam-se a Praça da Cultura (avenida Antonio
Frederico Ozanam) e a Praça do Cruzeirinho ou Praça Nove de
Julho (rua Domingos Jorge Velho), ambas com monumentos.
Também
estão nessa grande área o Botequim Du Angelo (rua dos
Bandeirantes, 454) e o Bar do Zé (rua Nicolau Coelho, s/n). E
também o espaço cultural Gravidade Zero (rua Dulce Pinheiro
de Moraes, 87, Vila Inhamupé)
O
passado industrial de Jundiahy manteve-se ali até 2016, quando a
última fábrica em funcionamento da região entre rios (a Correias
Universal) foi demolida para dar lugar a um supermercado. Mas o
futuro rural está presente com uma Feira Orgânica aos domingos, na
praça Monsenhor Arthur Ricci no lado externo do córrego do Mato
Faz
ligação com a região do Largo do Chafariz pela rua dos
Bandeirantes ou pela avenida União dos Ferroviários e com a
Barreira pela avenida Antonio Frederico Ozanam. Depois da ponte que
dá nome ao lugar, começa a antiga Estrada Velha de Campinas (atual
rodovia Geraldo Dias).
Bela
Vista
Dois
pontos diferentes marcam o morro, que perdeu parte de sua elevação
na década de 1950 do século XX para o aterramento dos brejos que
formaram o Vianelo. Um deles é o ponto alto, que ainda guarda parte
da vista panorâmica que deu nome a essa área.
Outro
é exatamente o ponto mais baixo, onde de acordo com o memorialista
Virgílio Torricelli existia um lago do córrego do Mato com passeios
de barco no passado e que tem como referência atual a praça Arnaldo
Levada.
Entre
as atrações da parte baixa, na margem do córrego do Mato, estão o
Koh Samui Café & Thai Cuisine (avenida Nove de
Julho, 2035), a Cantina e Pizzaria Bertelli (rua Raquel
Carderelli, 291) e a Banca do Feijão (praça Arnaldo Levada,
s/n), que é ponto de encontro dominical de motociclistas.
Na
parte alta estão pontos como o Boteco do Formigão (rua Bela
Vista, 249) e um espaço que funciona como mirante natural (na
altura do número 500).
A
parte alta e baixa são ligadas também por uma escadaria de
pedestres entre a rua Bela Vista e a rua Raquel Carderelli, além de
ladeiras ingremes mais à frente na avenida criada ao lado do
córrego. A área mais simbólica, ocupada pela antiga fábrica da
Vigorelli, foi transformada em condomínio e shopping de alto padrão
separados do histórico centro entre rios por uma reforma da rua Dora
Franco que agora liga o Vianelo com a avenida Nove de Julho.
Tem
ligação com o Largo Santa Cruz e com a Estrada de Pirapora.
Companhia
Paulista
Uma
das maiores transformações no centro entre rios de Jundiahy ocorreu
a partir da década de 1870, com o processo de chegada da estrada de
ferro entre Santos e Jundiaí (com capital inglês na São Paulo
Railway) e o surgimento da sua continuidade ao interior paulista na
Companhia Paulista de Estradas Férreas e Fluviais (com capital dos
fazendeiros de café). O conjunto também é chamado de Complexo
Fepasa.
O
centenário complexo de administração, oficinas e escolas técnicas
da Companhia Paulista fica entre os trilhos dessa empresa e a avenida
União dos Ferroviários, surgida também sobre os trilhos da antiga
Estrada de Ferro Sorocabana. Ao lado e sua entrada principal para
pedestres, na bifurcação com a rua São Bento, está também o
prédio da antiga Fábrica de Fósforos Latorre.
A
principal atração é o Museu da Companhia Paulista (avenida
União dos Ferroviários, 1760), com peças e figurinos de época.
Também abriga o maior acervo ferroviário documental do país.
Outra
das atrações é o Centro de Estudos e Lazer da Melhor Idade
-Celmi (avenida União dos Ferroviários, 2100). Mantido pela
Associação de Preservação da Memória da Companhia Paulista,
essencial para a preservação do complexo entre 1999 e 2001, promove
cursos nas mais diversas áreas e eventos especiais.
O
local abriga também a Faculdade de Tecnologia de Jundiaí
Fatec (avenida União dos Ferroviários, 1760), centro de ensino
que também produz pesquisas e eventos acadêmicos.
O
espaço também abriga outras atividades como a Escola de Samba
Arco Íris (avenida União dos Ferroviários, 1760) e atividades
do espaço de oficinas Estação Juventude (avenida União dos
Ferroviários, 1600).
Faz
ligação com o Largo do Chafariz pela rua Dr. Almeida, com a
Barreira pela rua Abolição, com a Estrada de São João pela
avenida União dos Ferroviários e com o Largo da Matriz pelo acesso
pedestre ainda existente para a rua da Padroeira.
Largo
São Jorge
A
área era também industrial no século XX, quando a fábrica têxtil
de mesmo nome funcionou nessa antiga área de sítios e nascentes de
água. Abrigava a ligação pedestre entre os dois lados do córrego
do Mato, tendo logo ao lado a ponte de animais e veículos da antiga
Estrada do Retiro (atual rua do Retiro).
Uma
atração do local é o prédio da década de 40 ocupado pelo Clube
dos Surdos, pela Junta de Serviço Militar e pelo Clube
de Xadrez XIII de Agosto (rua São Jorge 28), construído
para o Grupo Escolar Marcos Gasparian, atualmente no Largo dos
Andradas.
Também
está nessa área o bar Maria Cachaça (avenida Nove de
Julho), que além de petiscos abriga grupos musicais. Em uma área ao
lado funcionam eventos culturais e gastronômicos mensais do projeto
Le Chef a Pé (avenida Nove de Julho).
Entre
remanescentes residenciais da antiga Vila Boaventura, a área abriga
pontos como a escadaria de acesso para a Praça Antonio Mendes
Pereira (entre as ruas Bonifácio José da Rocha e Onze de
Junho).
Também
está ali uma escadaria de acesso para o córrego do Mato, onde está
a avenida Nove de Julho, em cujo ponto alto fica um Mirante
Natural (no final da rua Boaventura Mendes Pereira, com rua
Aldemar Pereira de Barros) com vista para essa área baixa.
Faz
ligações com o Largo dos Andradas pelas ruas Jol Fuller e
Boaventura Mendes Pereira e com o Largo Santa Cruz pela rua
Petronilha Antunes.
Largo
São Bento
Essa
área formava o extremo norte da vila desse centro entre rios no
século XVII. Sua principal referência é a praça São Bento, entre
o prolongamento da rua Direita (atual rua Leonardo Cavalcanti) e o
prolongamento da rua dos Antunes (atual rua Campos Salles) e cortada
por uma rua com homenagem ao único soldado jundiaiense morto na
Revolução Paulista de 1932, Jorge Zolner.
Uma
atração do local é o Mosteiro de São Bento (rua São
Bento, s/n), criado em 1668 e com um oratório criado originalmente
por artistas indígenas em um centro jesuíta situado no bairro de
Pinheiros, em São Paulo. De acordo com os pesquisadores Mário
Mazzuia e Geraldo Tomanik, também teria mantido um hospício no
século XVII.
Outro
ponto importante na área é a sede central do Clube Jundiaiense
(rua Onze de Junho, 46), uma das referências da vida social e
cultural da cidade durante a maior parte do século XX.
Também
está ali o prédio da antiga fábrica dos Vinhos Hermes Traldi
(rua Jorge Zolner, 95), que atualmente abriga de forma bastante
conservada uma unidade da rede de supermercados Russi.
E
tem ainda a loja de importados Casarão (rua Leonardo
Cavalcanti, 16) em um bonito imóvel que do lado externo, na esquina
da rua São Bento, permite uma vista panorâmica das oficinas da
Companhia Paulista na parte mais baixa da ladeira.
Faz
ligação com as regiões do Largo da Cadeia Velha pelas ruas Direita
e dos Antunes (atuais Barão e Rosário), com o Largo das Rosas pela
rua Campos Salles, com o Largo do Cemitério pela rua Leonardo
Cavalcanti, com o Largo dos Andradas pela rua Onze de Junho e Senador
Fonseca, com o Largo do Chafariz pela rua Jorge Zolner e com a
Companhia Paulista pela rua São Bento.
Largo
das Rosas
A
região do Largo das Rosas tem como referência a praça Dom Pedro II
e abriga tanto a convergência dos prolongamentos das ruas Direita
(atual Leonardo Cavalcanti) e dos Antunes (atual Campos Salles).
Outras vias referenciais são a rua São Vicente e seu prolongamento
na rua Luiz Rosa.
Uma
de suas atrações é a parte mais antiga da fachada do Hospital
de Caridade São Vicente de Paulo (rua São Vicente de Paulo,
223) voltada para a praça, que abriga em seu interior um capela com
belos vitrais doados por moradores. O prédio abriu na véspera do
Natal de 1902 e foi criado pela Conferência Vicentina, formada em
1897.
Outra
fachada no local é a da Casa da Criança Nossa Senhora do
Desterro (rua Ulysses Jorge Martinho, 20) uma das creches
pioneiras na cidade que ocupa desde 1931 o prédio inicialmente usado
pela Escola Professor Luiz Rosa em 1917.
Também
está ali na praça a fachada original da Fratellanza Italiana
(rua João Lopes, s/n), instituição criada pelos imigrantes
italianos e que durante a Segunda Guerra Mundial precisou mudar seu
nome para Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio. A fachada, ainda
com a data de 1924 na sua cimeira, está meio oculto por um muro
posterior e integra o pronto atendimento PA Central.
Pouco
depois está também a Praça Antonio Frederico Ozanam (na
convergência das ruas Leonardo Cavalcanti e Campos Salles), onde um
busto de bronze homenageia o fundador francês da Sociedade São
Vicente de Paulo.
A
área conta ainda com uma grande sede da Primeira Igreja Batista
de Jundiaí (rua Leonardo Cavalcanti, 240), conhecida pela
formação de músicos.
A
região do Largo das Rosas abrange também a antiga encosta chamda de
Ladeira das Lavadeiras no período colonial e ocupada na
virada do século XX pelo imigrante italiano Sperandio Rappa (a
posterior Chácara Urbana), que na virada do século XXI passou
a ser foco central da especulação imobiliária. Nela estão
atrações como o Ydaigorô Sushi Bar (rua Jorge Zolner, 331)
ou o Shopping Paineiras (avenida Nove de Julho. 1.155), que
durante décadas manteve árvores centenárias em seu interior.
O
local abriga também uma tradicional Feira Livre (na rua
Leonardo Cavalcanti) nas manhãs de terça-feira.
Faz
ligações com o Largo São Bento e com o Largo do Cemitério pelas
ruas Campos Salles e Leonardo Cavalcanti.
Largo
do Cemitério
Durante
os séculos XVII, XVIII e XIX os enterros de Jundiaí eram feitos
dentro das igrejas ou ao redor delas, de acordo com a fraternidade
ou, por assim dizer, a casta social dos indivíduos. Depois de
experiências chamadas de cemitério da fábrica no Largo São
José ou de um cemitério dos bexinguentos do outro lado do
córrego do Mato, em 1860 foi aberto o Cemitério Nossa Senhora do
Desterro em área então ainda bastante rural, doada de acordo com
pesquisas de Vania Feitosa pelos beneditinos.
Mas
essa área também abrigou outros marcos da cidade como o primeiro
estádio do Paulista Futebol Clube, de sua fundação em 1909 (ainda
como Jundiahy Foot Ball Club) até a construção do Estádio Jayme
Cintra na década de 1950.
Uma
das atrações do local é a monumental Estação de Tratamento de
Água (rua Campos Salles, 450), com sua fachada original nos
fundos do atual Velório Municipal.
Outra
atração, com vista para esse cenário, é a tradicional
Panificadora Keli (rua Campos Salles, 516).
Ainda
dentro desse contexto está a antiga e suspensa Caixa D´Água
(praça Luiz Gonzaga Barbosa, s/n), bem em frente ao próprio
cemitério.
Curiosamente,
uma das principais atrações é o Cemitério Nossa Senhora do
Desterro (avenida Henrique Andrés, 360). Nele estão figuras de
culto popular na cidade como os jazigos do médico italiano Domingos
Anastácio, da história romântica de Leonardo Cavalcanti, dos
mortos da primeira greve operária do Brasil em 1906 (Ernesto Gould e
Manoel Diaz), da figura popular de Maria dos Pacotes, do ex-prefeito
Manoel Annibal Marcondes (assassinado em 1943 por um tenente do
Exército), além de imigrantes, autoridades antigas e famílias em
geral.
Bem
próxima está também o antigo conjunto de casas operárias da
Companhia Paulista, a Vila Torres Neves (lado interno das ruas
Visconde de Mauá e França, entre as ruas Benjamin Constant e
Henrique Andrés). Apesar de muitas fachadas descaracterizadas,
guarda a volumetria do início do século XX.
Na
primavera-verão, a área também conta com a atração visual do
Corredor Verde formado pelas árvores na rua Anchieta.
Nela está o restaurante Bamboo (rua Anchieta, 679).
Faz
ligação com as regiões da Ponte de Campinas pela avenida Antonio
Segre, Rangel Pestana ou Bandeirantes, do Largo do Chafariz pela rua
Benjamin Constant ou Henrique Andrés e do Largo das Rosas pelas ruas
Campos Salles ou Luiz Rosa.
Ponte
Torta
Construída
com 50 mil tijolos entre 1886 e 1888, a ponte sobre o rio Guapeva
durou pouco como passagem de bondes puxados a cavalo mas virou um
marco popular da industrialização dos bairros mais próximos ao
centro entre rios (Vila Arens como polo têxtil e Ponte São João
como pólo cerâmico e moveleiro) depois da chegada da ferrovia, com
investimentos de barões do café e dos imigrantes mais abonados.
Alvo
de restauração e zeladoria no século XXI, virou monumento com uso
constante da praça Erazê Martinho que substituiu a mais ampla praça
Sete de Setembro da época de ruas estreitas antes da abertura de
avenida.
A
atração principal é a própria Ponte Torta (praça Erazê
Martinho, s/n), que conta com pequenos postes baixos ao redor que
abrigam fotos antigas para uma pequena viagem ao tempo dos campos de
futebol na várzea, dos familiares que levavam as marmitas para seus
pais que trabalhavam nas fábricas ou das mobilizações populares
que evitaram sua demolição na década de 1980. É cercada por
carros mas também por encostas verdes na paisagem da margem do rio.
Uma
atração secundária é a Rua Torta (atual avenida Paula
Penteado), que começa nela e segue rumo ao centro em um traçado de
curva de nível, anterior ao desenho geométrico, que era apropriado
para pedestres e animais de carga. Segue pela encosta central, forma
um cruzamento triplo com as ruas Senador Fonseca ae Secundino Veiga e
depois termina na escadaria da rua Marcílio Dias antes de prosseguir
como rua Zacarias de Góes.
A
área conta ainda com o restaurante Beira Rio (avenida Odil
Campos Saes, 15) e com a choperia Telhado Chopp (rua Professor
João Luiz de Campos, 59).
Outra
atração anual é o Bloco da Ponte Torta, realizado aos
sábados carnavalescos com saída na lanchonete de veteranos da
música Natura (rua Silva Jardim, 197) e que homenageia também
o Mercadão da Vila Arens (rua Professor João Luiz de Campos,
210, Jardim São Bento). Eventos independentes, como o Ocupa Ponte
Torta, também ocorrem no local da praça.
A
área conta ainda com outros estabelecimentos que fazem referência
ao monumento como o Bar Café Ponte Torta (rua Professor João
Luiz de Campos, 349).
Faz
ligação com a Esplanada Monte Castelo pelo prolongamento da rua
Direita (atual rua Barão de Jundiaí), com a Estrada de Pirapora
pelas ruas Atílio Vianelo ou Conde de Monsanto e ainda pela
escadaria da Marcílio Dias e com a região do Largo da Matriz e
Largo Santa Cruz pela rua Zacarias de Góes.
Argos
A
área que envolve a antiga fábrica, seus antigos conjuntos de creche
e teatro e as vilas operárias de seu entorno começou a surgiu em
1913, com a criação da Sociedade Industrial Jundiaiense logo em
seguida mudada para Argos Industrial. Ocupou a área externa do
centro entre rios do rio Guapeva, sendo um remanescente único dessa
fase da primeira industrialização da cidade (ao lado da Ponte
Torta) e um local dos mais agradáveis para o centro.
Uma
de suas características é ter prolongado o traçado original da
Estrada Velha de São Paulo, que desde tempos coloniais vinha da
região central pelas atuais rua Marechal Deodoro e avenida Dr.
Cavalcanti apenas até a rua Bartolomeu Lourenço, onde chegava até
a atual ponte da rua Vigário J.J. Rodrigues antes de seguir pelas
atuais ruas Olavo Guimarães e Emile Pilon e pela avenida Brasil.
Uma
das atrações é a Biblioteca Pública (avenida Dr.
Cavalcanti, 396), situada dentro do complexo da antiga fábrica e ao
lado da centenária chaminé. Tem gibiteca, auditório e eventos.
Ao
seu lado está o Centro de Convivência do Idoso, o Criju (avenida
Dr. Cavalcanti, 396), com cursos e atividades além de concorridos
bailes de veteranos nas tardes de sábado.
Pouco
adiante está o Parque Linear do Rio Guapeva (entre a avenida
Dr. Cavalcanti e a rua Prudente de Moraes), uma passagem de pedestres
que permite o contato com espécies de aves como a
lavadeira-mascarada e está planejado para ser estendido até a rua
Vigário J.J. Rodrigues.
Uma
caminhada pela chamada Vila Argos Nova (entre a rua Ernesto
Diederichsen e Monteiro Lobato em um sentido e entre a rua Dr.
Cavalcanti e XV de Novembro de outro) é um passeio por fachadas
arquitetônicas de mestres pedreiros do passado. Vale esticar nas
manhãs de domingo até o Clube do Carro Antigo (rua Aristeu
Dagoni, 15), quando ocorrem encontros entre aficcionados quase ao
lado de onde em 2015 ocorreu a experiência sociocultural chamada
Ocupa Colaborativa.
Essa
área faz parte do chamado Caminho d Palha (veja mais em Largo
do Chafariz).
Mais
discreta, a Vila Argos Velha (entre a rua Vigário J.J.
Rodrigues e as avenidas José do Patrocínio e Dr. Cavalcanti) é um
conjunto menor de casas. Mas tem para visitantes as opções do
restaurante Esquina Gaúcha (avenida Dr. Cavalcanti, 299) e da
Espetaria Bovino´s (avenida José do Patrocínio, 450),
O
local também abriga um Varejão Noturno (na avenida Dr.
Cavalcanti) nas noites de quinta-feira.
Do
outro lado da avenida que faz a divisa podem ser avistados uma
Mesquita Islâmica, uma antiga fábrica preservada pela Receita
Federal, a sede do tradicional refrigerante Turbaína criado em 1932
pela atual Ferráspari e ainda outros pontos de encontro como o Nosso
Bar.
Faz
ligações com as regiões da Ponte Torta pela avenida José do
Patrocínio, com o Largo São José pela rua Vigário J.J. Rodrigues
e avenida Dr. Cavalcanti e com a Estrada de São João pelas ruas
Prudente de Moraes e XV de Novembro.
Largo
dos Andradas
Tendo
como referência a praça dos Andradas, entre a antiga rua das
Casinhas (atuais Boaventura Mendes Pereira e Siqueira de Moraes) com
a antiga rua Nova (atual Senador Fonseca) e antiga rua Adolfo Gordo
(atuais ruas Zacarias de Góes e Anchieta) e era uma área
residencial desde o século XVII, antes de tornar-se parte da
paisagem e dos trajetos urbanos.
Uma
atração é o prédio do Posto de Puericultura (praça dos
Andradas, s/n), construído como um dos primeiros centros voltados
para a saúde infantil no Estado de São Paulo e que hoje abriga um
posto policial.
Também
está ainda ali a sede da centenária Escola Professor Luiz Rosa
(rua Senador Fonseca, 1.182), reputada por sua existência desde
1917 e também pelos posteriores e famosos grupos de teatro.
A
gastronomia da praça agrada aos vegetarianos com a presença eedo Vida
Natural (rua Senador, 1.146), situado no andar de cima do Buon
Giorno Café (mesmo endereço).
A
praça também abriga espaços alternativos como a moda jovem da
Slits Underground (rua Boaventura Mendes Pereira, 71) ou as
tatuagens e acessórios do Jundiaí Classic Tatoo (porta ao
lado, no mesmo endereço) e ainda as roupas da The Rocks Store
(rua Zacarias de Góes, 567)..
Faz
ligação com o Largo da Cadeia Velha pela rua Siqueira de Moraes,
com o Largo São Jorge pela rua Boaventura Mendes Pereira, com o
Largo das Rosas pela rua Senador Fonseca e com o Largo Santa Cruz
pela rura Zacarias de Góes.
Esplanada
Monte Castelo
A
eeeeeeeeeeexpansão da rua Direita (atual Barão de Jundiaí) no século XIX
deu origem a uma região de casarões ainda preservados e com
diversas marcas históricas que valem a pena serem conhecidas. Sua
referência é o chamado Escadão, no extremo sul da parte alta
do centro entre rios.
Uma
atração é a Esplanada Monte Castelo (rua Barão de Jundiaí,
50), mirante da cidade surgida em homenagem aos soldados jundiaienses
que lutaram na Segunda Guerra Mundial em torno do antigo escadão de
120 degraus originário do início do século XX.
Em
frente, está a Pinacoteca Municipal (rua Barão, 109),
instalada no prédio do pioneiro Grupo Escolar Coronel Siqueira de
Moraes, de 1897. Entre suas atrações estão os desenhos quase
etnográficos de Diógenes Duarte Paes sobre o cotidiano popular de
Jundiaí no século passado.
Pouco
depois está o Teatro Polytheama (rua Barão, 176), construído
como pavilhão circense em 1911 e reformado em estilo de teatro
italiano em 1927, um dos mais antigos do gênero em funcionamento no
país.
Embora
fechado pela Fundação Energia e Saneamento, o prédio do Museu da
Energia é na verdade a sede da pioneira Empresa de Luz e
Força de Jundiaí (rua Barão, 202) que em
1904 assumiu a tarefa de substituir as antigas lamparinas de
querosene ou óleo de baleia depois da construção de uma usina no
rio Jundiaí em Mont Serrat (no antigo distrito de Itupeva).
Em
sua frente, uma ladeira permite um Mirante Natural (rua Barão,
esquina com rua Conde de Monsanto) com vista para o vale da Estrada
de Pirapora, um trecho do morro da Bela Vista e também trechos da
Serra do Japi.
De outro lado, na parte de baixo do Escadão, um espaço voltado para a black music é o Espaço Vigário (rua Vigário J.J. Rodrigues, 673).
Faz
ligações com as regiões da Ponte Torta pelo prolongamento da rua
Barão de Jundiaí, da Argos pelos acessos da Esplanada Monte Castelo
e com o Largo do Pelourinho pela rua Barão de Jundiaí.