ROTA
A - Largo do Cemitério, Largo das Rosas, Largo São Bento, Largo da Cadeia
Velha, Largo da Matriz, Largo do Pelourinho, Esplanada Monte Castelo, Ponte
TortaEIXO Rua Campos Salles, Rua do Rosário, Rua Barão
ROTA
B - Largo do Cemitério, Largo das Rosas, Largo dos Andradas, Largo Santa
Cruz, Estrada de Pirapora, Ponte TortaEIXO Rua Anchieta, Rua Zacarias,
Avenida Paula Penteado
ROTA
C Companhia Paulista, Largo do Chafariz, Estrada de São João, ArgosEIXO Rua Abolição, Rua Prudente de Moraes, Rua
Monteiro Lobato
CONEXÃO
Estrada de São João, Largo São José, Largo da Matriz, Largo Santa Cruz, Bela
Vista EIXO Rua
Dr. Torres Neves, Rua São José, Rua Bernardino de Campos
Cada tópico numerado possui um contexto e histórias a
serem detalhadas para a edição final. O principal aspecto considerado foi a
caminhabilidade viável e a presença de pontos de fotogenia ao longo do trajeto.
ROTA
A ESTIMATIVA MÍNIMA DE CINCO HORAS (com parada de almoço)
No sentido
norte-sul, pode começar com um café da manhã na Panificadora Keli. Estamos no
que se pode chamar de Largo do Cemitério, com pontos de interesse como a
imponente visão da Estação de Tratamento de Água (1) e a Caixa d´Água (2),
ambas das décadas de 1940 ou 1950 com histórias das bicas e uso de água direta
da Serra do Japi nos séculos anteriores, a Vila Dr. Torres Neves (3) feita para
ferroviários na virada do século XX, o Cemitério Nossa Senhora do Desterro (4)
de 1860, então no limite urbano externo com seu pórtico e jazigo famosos
substituindo os sepultamentos anteriores em diversos pontos do Centro. Pode-se
ter indicações sobre os caminhos para a Ponte de Campinas (5) por dentro da
Vila Rafael de Oliveira ou para a Barreira (6), que até 1967 não existia para
veículos sem o viaduto sobre os trilhos.
Seguindo pela rua
Campos Salles (tudo nomenclatura republicana, como se pode notar na esquina com
a rua Benjamin Constant) chegamos à praça Antonio Frederico Ozanam (7), que
ostenta seu busto e mostra a influência dos vicentinos há mais de 120 anos.
Dobrando a esquina da praça, o muro esconde a fachada original da Fratellanza
Italiana (8), associação de socorro mútuo dos imigrantes italianos que ostenta
a data de 1924 e depois se tornou a Casa de Saúde Dr. Domingos Anastácio antes
de ser o atual PA Central e Hospital Regional. A praça Dom Pedro II (9), onde
estamos, é a tradição popular de Largo das Rosas por ter abrigado no passado
muitas dessas flores. Em frente está a fachada original do Hospital de Caridade
São Vicente de Paulo (10), funcionando desde 1902 e com detalhes externos e até
internos como os vitrais da capela. Voltando pela praça, a Casa da Criança (11)
é uma das primeiras creches da cidade e funciona no prédio onde começou a
centenária Escola Professor Luiz Rosa em 1917. Na esquina, um simpático restaurante
(12) é opcional.
Passando a rua
Jorge Zolner (13), que homenageia o único soldado jundiaiense morto nos
conflitos da Revolução Paulista de 1932, está o conservado prédio onde
funcionou a Fábrica de Vinhos Hermes Traldi (14), atualmente um supermercado. A
praça São Bento (15), que inspira o nome do Largo São Bento dessa região, está
do outro lado da rua e poderia ter uma indicação opcional para o Largo do
Chafariz. Na próxima esquina, a sede central do Clube Jundiaiense (16) mantém
características de sua origem na década de 1940. E a referência principal dessa
área, o Mosteiro de São Bento (17), de 1667, que tem um altar-mor vindo de
manufatura indígena em São Paulo e com construção do século XVII. Na esquina
oposta estão imóveis sofisticados do século XX como o Casarão (18), de produtos
importados, e a Livraria Locomotiva (19), que aproveita a vista da ladeira para
as oficinas da Companhia Paulista.
Nesse início da
antiga rua Direita, atual Barão de Jundiaí, encontramos o posto da Previdência
(20), com um busto de Eloy Chaves do lado externo como indicação de seu
pioneirismo nas leis do gênero em 1923 depois de conflitos operários
relacionados desde a histórica greve de 1906. A praça Tibúrcio Estevam de
Siqueira (21) abriga histórias como a figueira dos escravos e os eventos
culturais, além de ter sido o local do marco geodésico. Na antiga rua dos
Antunes, atual Rosário, está na altura do número 685 uma belíssima fachada
novecentista remanescente (22), onde morou a lendária educadora Escolástica
Fornari. No retorno pela rua da Imprensa, a antiga Cadeia Velha (23) deu origem
ao Palácio de Justiça Dr. Adriano Oliveira, o Fórum.
Ao virar a esquina
nos deparamos com o belíssimo Grupo Escolar Conde do Parnaíba (24), uma das
primeiras escolas públicas da cidade na virada do século XX e ainda em
atividade. Na sua frente está o Mercado Municipal (25), atualmente Centro das
Artes em reformas mas um marco por ter sediado a primeira Festa da Uva em 1934,
que surpreendeu a cidade pelo número de turistas diante da descoberta no ano
anterior da uva Niagara Rosada que deu fama nacional à cidade. Na frente, um
simpático restaurante chamado Quintal (26). E ao seu lado, o antigo prédio da
Companhia Telefônica (27).
Para informação, a
esquina com a rua Siqueira de Moraes também pode conter indicações sobre a
existência na rua Rangel Pestana do casarão que foi da família Paschoal e lendas urbanas atribuíam a Jayme Cintra (28), que
tem uma vista agradável da praça de entrada do Palácio do Comércio. E do
centenário Grêmio Recreativo da Companhia Paulista (29), que forma com alguns
bares alternativos nos fundos um polo social ativo da região central.Na direção oposta, ainda há barbeiros e
sapateiros nesse quarteirão.
Logo depois da
esquina está a lendária loja Ao Esporte Jundiaiense (30), com meio século da
atuação e ponto de encontro de criação de grandes times esportivos da cidade.
Mais adiante, depois do parklet, a antiga Câmara e Fórum (31) aparece
imponente na esquina com a rua Coronel Leme da Fonseca. Seguindo por esta,
avistamos o outro parklet na frente da Galeria Rosário (32) e dobrando à
esquerda chegamos a uma raríssima fachada oitocentista, de taipa e pilão (33)
no número 484 da rua do Rosário, fundos das Lojas 100. Avançamos com belos
exemplares de fachadas no primeiro piso de diversos imóveis. A esquina com a
rua da Padroeira, outra das travessas mais antigas do centro, serve para nos
lembrar da possibilidade da esquina desaparecida da antiga Prefeitura,
Pauliceia e Correios (34) e da lendária origem da coxinha de queijo na Casa de
Massas Padroeira (35).
(COM CONEXÃO)
Continuando na
Rosário, chegamos ao Largo da Matriz. É possível uma pipoca no remanescente do
antigo cinema que é a Bomboniére Marabá (36) antes de olharmos fachadas como da
antiga Loja Kalaf (37), atual Rosana Joias, ou o arranha-céu de quatro
andares da década de 1940 do Edifício Carderelli (38). O Solar do Barão (39) é
parada obrigatória por seus jardins, sua construção de taipa de pilão do século
XIX e suas exposições. Ao lado, um pouco da fachada do século XX do antigo
Hotel Petroni (40) está no primeiro piso da Lojas Pernambucanas.
A antiga praça da
Independência (41) foi alterada para Praça Governador Pedro de Toledo depois de
1932 e posteriormente perdeu seu obelisco e seu chafariz, mas ganhou na antiga
rua Direita (mudada no final do século XIX para Barão de Jundiaí) um pioneiro
calçadão de pedestres nos anos 1970. Ao centro do largo, tendo o outro lado
chamado antes de passeio público ou praça Marechal Floriano Peixoto (42) , está
a Catedral Nossa Senhora do Desterro (43), derivada em reforma de Ramos de
Azevedo na década de 1880 da antiga matriz colonial e da capela original da
primeira metade do século XVII.
Hora de almoço,
talvez.O encontro da Rota 1 com a
Conexão (com a Rota 2) oferece um pólo gastronômico formado pelo Restaurante
Dadá (43), o mais antigo desde 1915, e mais o Restô do Samir (44), o Saud´Árabe
(45), os lanches da Padaria Central (46), os pratos do Fascino Bistrô (47), os
lanches artesanais do Mirim Dog (48) ou ainda os filés da Cantina Jundiaiense
(49).
Vale pensar na
possibilidade de indicações para o Largo Santa Cruz (50), para a Bela Vista
(51) ou para, do lado oposto, o Largo São José (52).
Voltando à rota,
encontramos ainda prédios em taipa de pilão do final do século XIX e início do
século XX como da Escola Paroquial (53). Entre mais fachadas relevantes no
primeiro piso, chegamos à Travessa do Pelourinho, onde na esquina está o Hotel
Rosário (54), apontado como antiga hospedaria de imigrantes em 1888.
Uma possibilidade
nesse ponto é indicar o acesso curioso para a Estrada de Pirapora (55),
primeiro caminho seco a chegar ao centro no século XVII, pela rua Engenheiro
Monlevade, rua Senador Fonseca e rua Marcílio Dias até a escadaria no encontro
da rua Torta ou Paula Penteado com a rua Zacarias de Góes, na Rota 2.
Mas voltando à rota
1. Depois do Hotel Rosário, abre-se novamente a paisagem para o Largo do
Pelourinho. O Gabinete de Leitura Rui Barbosa (56), do início do século XX, é
um imóvel tombado e mantido por associados em plenos anos cibernéticos. Antes
de seu prédio atual, havia ali a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São
Benedito que atendia a comunidade afro-brasileira da cidade nos tempos da
escravidão e deu nome posterior de Rua do Rosário para a Rua dos Antunes que
terminava ali até 1922, quando a igreja foi demolida e levada para o Largo
Santa Cruz. A praça Rui Barbosa (57) era o ponto original do pelourinho, uma
espécie de poste de castigos usado principalmente para a rebeldia de negros da
terra, indígenas, ou negros africanos. Também foi chamada popularmente de
praça do quartel no século XX pela presença da unidade do Exército na área hoje
demolida junto com antigas casas, em vias de virar conjunto de prédios. Uma
curiosidade são histórias da cidade sobre a única morte de prefeito ter relação
com a disputa sobre doação do antigo beco colonial para a área do posterior
quartel. Nas décadas de 1970 a 1990, a região teve forte dinâmica cultural com
sua vista panorâmica para a Serra do Japi.
A rua Barão de
Jundiaí, por onde seguimos depois da praça, também terminava ali na rua Direita
original. Algumas fachadas residenciais do século passado continuam no trecho,
mas é principalmente depois da rua Secundino Veiga, após um restaurante
caseiro, que surgem casas modernistas e casas grandes, do estilo chamado
eclético, alguns da virada do século XIX para o século XX. Desses casarões
(58), os mais impressionantes estão na altura dos números 260 a 280.
A região da
Esplanada Monte Castelo chega com uma vista panorâmica do vale da antiga
Estrada de Pirapora e do morro da Bela Vista no alto da rua Conde de Monsanto,
ao lado de um pequeno bar. É onde está também a antiga Empresa de Força e Luz
(59), iniciativa local que inaugurou em 1905 o sistema elétrico na cidade
substituindo os anteriores lampiões a querosene e seus acendedores manuais com
uma barragem no rio Jundiaí, na atual Itupeva. Ao seu lado, o Teatro Polytheama
(60), surgido em 1911 como pavilhão e reformado em 1927 como cineteatro, que
chegou a ser praticamente ruínas na década de 1970 e 1980 e restaurado com uma
grande campanha de mobilização.
Mais um pouco e
chegamos na atual Câmara Municipal (61), que está ali desde 1969 depois de ter
mudado da sede anterior visitada neste roteiro. Ao seu lado, o popular
Escadão (62) com seus 120 degraus ligando a partir da década de 1910 a parte
baixa e a parte alta principalmente por causa do Grupo Escolar Coronel Siqueira
de Moraes (63), a primeira escola pública da cidade em 1897 e que atualmente é
a Pinacoteca Municipal, com um modelo semelhante ao da escola Conde do Parnaíba
visitada neste roteiro. Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, a
homenagem aos soldados jundiaienses que participaram da Força Expedicionária
Brasileira na Itália levou a cidade a reurbanizar o morro com a criação da área
de convívio da Esplanada Monte Castelo (64), que oferece uma vista panorâmica
para parte do vale a sudeste. O obelisco
desse período está hoje visível mas protegido dentro da área da Escola
Industrial (65), surgida na década de 1960.
Posteriormente, o
novo acesso a esse ponto terminal do Centro foi possível com uma rampa viária
na colina dessa esplanada arborizada que leva ao ponto de encontro com a Rua
Torta (66), parte do roteiro 2. Esse ponto abriga um pequeno mirante (67),
estimulando a visão das transformações dessa área de várzeas e ecossistemas
úmidos do rio Guapeva (68) a partir do final do século XIX. Uma antiga e
solitária falsa-seringueira (69) testemunha a mudança dos antigos casarões para
o alargamento da rua José do Patrocínio nesse processo mais recente.
A Ponte Torta (70),
é o ponto de chegada deste roteiro. O monumento surgiu de uma construção feita
com 50 mil tijolos entre 1886 e 1888 para ser uma ponte dos bondes a tração
animal entre a estação de trens e o centro, mas a operação parou depois de
poucos anos e tornou-se passagem pedestre para operários e familiares que
levavam refeições para as fábricas têxteis do primeiro polo industrial, na Vila
Arens, algumas dando lugar hoje às grandes torres de prédios no horizonte.
Virou referência popular. Quando já era centenária, sofreu ameaça de demolição
na década de 1980 que provocou grande mobilização na cidade. Desde seu
restauro, em 2015, tornou-se ponto cultural. Tem choperias e conveniência (71) no
entorno.
PREVISÃO (5h),
apenas com fotos. Topografia plana, com descida de rampa de ladeira no final.
Largo do Cemitério
9h - Largo das Rosas 9h30 - Largo São Bento 10h - Largo
da Cadeia Velha 10h30 - Largo da Matriz 11h - Largo do Pelourinho 12h- Esplanada Monte Castelo 12h30 - Ponte
Torta 13h Final 14h
ROTA 2
Cada tópico numerado possui um contexto e histórias a
serem detalhadas para a edição final. O principal aspecto considerado foi a
caminhabilidade viável e a presença de pontos de fotogenia ao longo do trajeto,
que estão menos detalhados do que no roteiro 1, mas o percurso é diferenciado
na sensação urbana.
No sentido
norte-sul, pode começar também com um café da manhã na panificadora Keli. Seus
pontos iniciais de vista são os já citados Estação de Tratamento de Água (1),
Caixa de Água (2) e Cemitério Nossa Senhora do Desterro (3). Pode ter
indicações sobre o acesso pedestre pela rua Henrique Andrés e Jardim Brasil
para a Galeria de Arte Pública G9 e o Bosque Linear do Córrego do Mato (4) ou
para a antiga rota rural para a Ponte de Campinas e atual polo gastronômico
pela avenida Antonio Segre (5).
Mas segue mesmo é
pelo Corredor Verde. Toma a rua Anchieta (6) com sua história do século XX de
extensão da rua Zacarias de Góes e desce por ela, passando pelo local do antigo
estádio do Paulista Foot Ball Club na Vila Leme (7), passando por trás do
Hospital São Vicente no Largo das Rosas (8) e indicando o acesso por escadaria
para o Largo São Jorge pela rua Onze de Junho (9), onde também pode ter
indicação para o Largo São Bento (10) antes de chegar na Escola Marcos
Gasparian (11), que tem sua antiga sede dos anos 1940 na rua São Jorge onde
hoje está o Clube dos Surdos. É nesse ponto que começa o Largo dos Andradas
(12), com a praça de mesmo nome e um dos primeiros postos de saúde do Estado de
São Paulo surgidos naquela mesma década.
Nesse ponto estão
restaurantes como o vegetariano Vida Natural (13), o café Buon Giorno (14) e um
polo cultural formado por lojas alternativas (15) de tatuagem, grafite e moda
como Slits, Jundiaí Classic Tatto, Rockets e outras. Seguindo pela rua Zacarias
de Góes, está a primeira sede da DAE (16) e o acesso para o Largo Santa Cruz
(17), com sua sede do Clube 28, sua Igreja do Rosário, sua praça da Bandeira e
seu histórico de escola-parque ou mobilizações de passeatas de proteção à Serra
do Japi na década de 1970. Na mesma rota, pouco adiante da rua Coronel Leme da
Fonseca, estão outras atrações como o Ateliê de Pathcwork de Ana Consentino
(18).
CONEXÃO
Junto ao ponto de
conexão da rua Bernardino de Campos está a Cantina Jundiaiense, ponto de
entrada do eixo gastronômico do Largo da Matriz (19) com restaurantes, lanches
e petiscos.
As fachadas
continuam sendo variadas no trajeto, que depois da Travessa do Pelourinho na
rua Engenheiro Monlevade chega ao curioso acesso da Estrada de Pirapora (20)
pela escadaria que separa a rua Zacarias de Goes e a avenida Paula Penteado e
divide em duas a rua Marcílio Dias. Mais abaixo está a praça Pompeu Perdiz, que
marcou a antiga estrada que mais adiante tem inclusive a ainda mais original
rua 13 de Maio.
Mantendo-se no
roteiro principal, começa nesse ponto a Rua Torta (21). É no trajeto que os
visitantes podem sentir sua origem em curva de nível muito antes dos automóveis
a motor, que segue suave e em curva pela encosta para evitar ladeiras. O clima de
roteiro antigo é ainda mais forte. No ponto atrás do antigo quartel do Largo do
Pelourinho um cruzamento triplo indica um momento de conflito entre a curva de
nível e a geometria urbana.
A travessia feita
com cuidado nesse ponto leva para a continuidade da rua depois da pequena praça
e do bar com violões pendurados (22) pelo pedaço ainda residencial do roteiro.
Depois da rua Conde de Monsanto, diversas casas bastante conservadas incluem
locais como o Bikoffee (23) ou uma academia de esportes (24)antes do mural de grafite (25) que marca o
ponto de encontro com o roteiro 1 para o Mirantinho (26), o Rio Guapeva (27), a
Falsa-Seringueira (28) e a Ponte Torta (29).
PREVISÃO (4h),
apenas com fotos. Topografia basicamente plana, com descida suave no trecho inicial.
Largo do Cemitério
9h - Largo das Rosas 9h30 - Largo dos Andradas 10h Largo Santa Cruz
10h30 Largo da Matriz* 11h Estrada de Pirapora 12h Ponte Torta
12h30 Final 13h
ROTA 3
Cada tópico numerado possui um contexto e histórias a
serem detalhadas para a edição final. O principal aspecto considerado foi a
caminhabilidade viável e a presença de pontos de fotogenia ao longo do trajeto,
que estão menos detalhados do que no roteiro 1, mas o percurso é diferenciado
na sensação urbana.
Também no sentido
norte-sul, esta rota pode começar com um café da manhã na lanchonete da Fatec
ou no Museu Ferroviário (1), passando pela Casa da Cultura (2) e seguindo pelas
oficinas na direção do Celmi (3) com uma abertura pontual do portão que separa
as duas áreas. Chega na antiga estrada de ferro Sorocabana (4), dos séculos XIX
e XX e a atual avenida União dos Ferroviários, até a esquina com a rua Abolição
onde tem a passagem pedestre não-oficial sobre os trilhos que é a antiga
estrada colonial das minas, onde existia a Barreira (5) que cobrava impostos
para Portugal no século XVIII e que foi ligação com o Centro até o Viaduto
Joaquim Candelário de Freitas, de 1967. Atravessando a avenida, está a praça
Orville Green (6) que também teve seu chafariz em forma de leão.
O trajeto continua
pela rua Abolição, que pode ter indicação para a área do antigo Sindicato dos
Ferroviários (7), que tem ainda o busto do líder sindicalista Harry Normanton
na entrada do Colégio Santa Felicidade ao lado de bares como Bongô e acesso
para a antiga Estrada da Boiada (8), hoje rua dos Bandeirantes.
No roteiro
principal, o caminho da rua Abolição tem pontos como o espaço cultural do
Teatro Oficina e principalmente a Choperia Palma (9), historicamente ponto de
uma padaria famosa do século XX e onde o desenho urbano desemboca a rua XV de
Novembro, e a construção triangular da antiga UFA (União dos Ferroviários
Aposentados). O próximo ponto é a praça Barão do Japi (10), motivo do nome
Largo do Chafariz com seu tradicional bebedouro de cavalos situado no início da
estrada colonial das minas no acesso à Estrada Velha de São Paulo (11), de que
a atual rua Marechal Deodoro da Fonseca é um trecho.
Segue então o maior
trecho da rua que pode ser considerada a mais charmosa da região central pela
conservação de suas fachadas, do antigo Caminho da Palha (12). O pedaço rural
situado entre a rua Marechal Deodoro e a Companhia Paulista e entre a rua da Padroeira
e a praça Barão do Japi é um dos loteamentos mais antigos registrados na
cidade, no início da década de 1920, um dos efeitos diretos da dinâmica de
ferrovia, imigração e industrialização. Os estilos são variados.
Nesse caminho estão
pontos como a Escola de Música de Jundiaí (13), o parklets da Culinária da Lu
(14), a vista para a Companhia Paulista, Fábrica de Fósforos e Rua XV na
esquina com rua São Bento (15) e o imóvel da esquina com a rua da Padroeira
(16), tão antigo que a rua não tem calçada ao seu lado e que abrigou na mais
recente versão a Mercearia Santa Isabel. Nesse mesmo ponto talvez caiba a
indicação de que a rua da Padroeira acessa em seu final uma passagem pedestre
antigamente usada para a Estação Central (17).
Chegando na Estrada
de São João (18), chamada pelo nome original do século XVII como ligação entre
as vilas coloniais de Nossa Senhora do Desterro de Jundiahy e a posterior São
João de Atibaia, um conjunto construído no século XX e conhecido pelo lendário
bar Patinhas (19), hoje Bar do Zé, reúne diversas lojas e residências com
sacada na parte superior em uma arquitetura imponente. Quase do outro lado da
rua estão outras referências de memória da cidade como o Sebo Jundiaí (20).
Nesse ponto cabem
também indicações para o conjunto de ligação de escadas helicoidais entre
Viaduto São João Batista e Estação Central (21), que podem ser acessadas no
futuro, e para o Largo São José (11), parte do eixo de conexão detalhado a
seguir.
A continuação do
roteiro leva para um trecho menos referenciado, que talvez possa ter na esquina
da rua Engenheiro Monlevade a indicação para o Mercadão da Ferroviários (12),
com gastronomia e bares, e mais adiante chega ao rio Guapeva (13), que conta
nesse ponto com um trecho ainda bastante naturalizado e previsto para parque
linear com registro de diversas espécies de aves.
A partir disso,
estamos na Vila Argos Nova (14), pitoresca região residencial surgida na década
de 1930 com muitos detalhes originais dos mestres de obra italianos e algumas
ruas estreitas para veículos e pensadas para pedestres e ciclistas. O conjunto
permite grandes explorações de estilos e cotidianos e completa, na rua
Prudente, o extremo que do outro lado é feito pela rua Jules Rimet, tão
estreita quanto. E está ainda ali a sede do outrora poderoso Sindicato dos
Têxteis (15).
Na rua Monteiro
Lobato, talvez caiba uma indicação para o lado de trás do Complexo Argos onde
está o Clube do Carro Antigo (16). No roteiro, contorna-se a esquina e na rua
Dr. Cavalcanti, que já não é mais a Estrada Velha de São Paulo porque esta
seguia pela rua Bartolomeu Lourenço para a ponte da rua Vigário. Estão do outro
lado da rua a creche (17), o teatro (18) e a Vila Argos Velha (19) com seu
simpático conjunto de casinhas e moradores.
Do lado de cá, a
Argos Industrial (20) propriamente dita, da década de 1910 e que fez fama com
os jeans usados pelos militares e depois pelos civis, lembra até épocas do
trabalho de jornada longa e idade baixa mas também a vida comunitária e os
avanços trabalhistas. Ali estão a Biblioteca Municipal (21), o Criju (22) e até
a chaminé (23), com vista para outras fábricas como a Milani (23), atual
Receita Federal, e a posterior Mesquita (24), em algumas horas do dia com sons
típicos.
Ao lado está o
restaurante Esquina Gaúcha (25) e o Varejão Noturno (26) nas quintas-feiras,
além de opções diárias de caldo de cana ou de boteco popular.
PREVISÃO (3h30),
apenas com fotos. Topografia basicamente plana, com descida suave no trecho
inicial.
Companhia Paulista
9h Largo do Chafariz 9h40 Estrada de São João 10h45 Argos 11h30
Final 12h30
CONEXÃO
Cada tópico numerado possui um contexto e histórias a
serem detalhadas para a edição final. Este roteiro visa permitir sua
articulação com os demais, propiciando combinações entre trechos dos outros.
O único roteiro
transversal, a partir do sentido leste-oeste, liga praticamente os rios Jundiaí
e Córrego do Mato em seus extremos. Pode começar com um café da manhã na
conveniência da esquina das avenidas São João e Antonio Frederico Ozanan ou em
alguma parceria como da Banda São João Batista ou da escola Luiz Bárbaro. O
acesso pelo Viaduto São João Batista (1)deve ser feito pelo lado direito, onde estão as antigas escadas de
acesso para a Estação Central (2), lembrando que tudo é posterior à Estrada de
São João (3). Talvez nem precise muito, haja a multiplicação desse nome em
todas as referências acima.
As lojas de
serviços tradicionais ainda são uma característica dessa rua, que tem acessos
ao Mercadão da Ferroviários (4) e a republicana rua XV de Novembro (5), com
diversos conjuntos protegidos, na esquina que ainda tem o popularesco Bar Bosa.
É no encontro com a
rua Prudente de Moraes que começa realmente a conexão com o roteiro 3, como os
pontos já citados do antigo conjunto do Bar Patinhas (6) e do Sebo Jundiaí (7).
Mas no caminho ainda é possível encontrar restos de fachadas com datas em
números romanos do início do século XX.
Algumas fachadas
históricas depois, tem-se a esquina com a Estrada Velha de São Paulo (8),
surgida depois da primeira estrada central que foi a Estrada de Pirapora. Ali está
um conjunto interessante de imóveis no final da avenida Dr. Cavalcanti (9), que
abrigam salões de cabelos black, e uma antiga Igreja Batista (10) adaptada para
galeria múltipla. à direita, pode-se ter indicação para o especializado bar
Recanto do Norte (11), quase na esquina com Padroeira.
A pequena ladeira
leva ao Largo São José (12), ponto de chegada da primeira formação da vila
colonial. A praça Dr. Domingos Anastácio (13), uma homenagem do século XX,
ainda tem o nome mas perdeu o busto do lendário médico presente também no Largo
do Cemitério e no Largo das Rosas. Mas algumas fachadas em torno e imagens
antigas usadas pela farmácia lembram os tempos em que o local teve posto de
gasogênio na Segunda Guerra ou abrigou temporariamente um cemitério no século
XVIII e XIX.
A parte superior da
praça é a antiga Rua do Comércio (14), atual Rangel Pestana, que ainda tem até
uma quitanda no meio do quarteirão. Também estão ali os acessos aos Jardins do
Solar (15), que podem ter algum esquema de parceria. Mas o acesso do largo para o principal Largo
da Matriz tem os caminhos da antiga travessa, atual rua São José, ou da Galeria
Bocchino (16), tradicional ponto moderno desde a década de 1950 e bastante
popular por coisas como o sorvete de massinha,
No Largo da Matriz,
os pontos são semelhantes por causa da conexão ao roteiro 1. É possível uma
pipoca no remanescente do antigo cinema que é a Bomboniére Marabá (17) antes de
olharmos fachadas como da antiga Loja Kalaf (18), atual Rosana Joias, ou o
arranha-céu de quatro andares da década de 1940 do Edifício Carderelli (19).
O Solar do Barão (20) é parada obrigatória por seus jardins, sua construção de
taipa de pilão do século XIX e suas exposições. Ao lado, um pouco da fachada do
século XX do antigo Hotel Petroni (21) está no primeiro piso da Lojas
Pernambucanas.
A antiga praça da
Independência (22) foi alterada para Praça Governador Pedro de Toledo depois de
1932 e posteriormente perdeu seu obelisco e seu chafariz, mas ganhou na antiga
rua Direita (mudada no final do século XIX para Barão de Jundiaí) um pioneiro
calçadão de pedestres nos anos 1970. Ao centro do largo, tendo o outro lado
chamado antes de passeio público ou praça Marechal Floriano Peixoto (23),
está a Catedral Nossa Senhora do Desterro (24), derivada em reforma de Ramos de
Azevedo na década de 1880 da antiga matriz colonial e da capela original da
primeira metade do século XVII. Eencontramos ainda prédios em taipa de pilão do final do século XIX e
início do século XX como da Escola Paroquial (25).
Hora de almoço,
talvez.O encontro da Rota 1 com a
Conexão oferece um pólo gastronômico formado pelo Restaurante Dadá (26), o mais
antigo desde 1915, e mais o Restô do Samir (27), o Saud´Árabe (28), os lanches
da Padaria Central (29), os pratos do Fascino Bistrô (30), os lanches
artesanais do Mirim Dog (31) ou ainda os filés da Cantina Jundiaiense (32).
O caminho da
Travessa Imperial (33) fornece ainda a conexão nesse ponto com o roteiro 2. Mas
segue adiante no seu desenho para passar a Estrada de Pirapora (34), na rua
Baronesa do Japi quase ao lado do Largo Santa Cruz, e depois chegar na rua
Petronilha Antunes e então na Bela Vista (35), na rua de mesmo nome. O desenho
original pode ser visto na antiga escadaria defronte, que levava para a rua
Raquel Carderellina parte mais baixa e
desta ao antigo córrego do Mato ainda antes da avenida Nove de Julho surgida na
década de 1970, onde uma lagoa deu origem à praça Arnaldo Levada.
PREVISÃO TOTAL
(2h30), apenas com fotos. Topografia basicamente plana, com ladeira leve no
trecho inicial.
Rio Jundiaí 9h
Estrada de São João 9h20 Largo São José 10h Largo da Matriz 10h20
Estrada de Pirapora 10h40 Bela Vista 11h Córrego do Mato 11h30